DIINO

sábado, 5 de julho de 2008

Os 10 mandamentos do boêmio


Nestes escuros dias onde uma cervejinha no final do dia com os amigos pode te levar para o "xilindró", melhor rever os dez mandamentos de uma das classes mais antigas e unidas do mundo: os boêmios. Mas uma dúvida persiste: como será que o cachaceiro mor está fazendo para dirigir o país?

  1. É de bom tom sempre guardar o nome dos garçons, afinal de contas é no ombro deles que vais chorar, ao som de "Nervos de Aço", a inevitável, acachapante e humaníssima dor de corno.


  2. Na saúde e na doença, a culpa será sempre do tira-gosto, ah, aquela calabresa, aquele torresmo, aquela azeitona me fez mal à beça... Jamais a culpa será da cachaça ou do uísque.


  3. Boemia é como futebol, é ritmo de jogo, seqüência; se você a larga por uns dias, ela te pega na volta, mesmo que peças, suplicante, a tua nova inscrição.


  4. A divisão do tempo da prosa, na mesa de um bar, deve obedecer ao seguinte critério: 50% sobre mulheres, 40% sobre futebol e 10% sobre as ressacas monstruosas, a nostalgia precoce das quedas. E que venham as próximas.


  5. Procures sentar sempre nas primeiras mesas do botequim, se possível na calçada, pois todos os dias, alguma mulher irada sai de casa, revoltada com o consorte, e diz assim: "Hoje eu vou dar para o primeiro que encontrar". Se bem colocado, o sorteado pode ser você, bravo boêmio.


  6. Direito máximo do consumidor boêmio: desde que o freguês não se incomode com água e sabão nos pés, poderá ficar no recinto até a descida do portão de ferro.


  7. É livre o "pindura", data vênia, para fregueses com mais de cinco anos de casa, como reza a lei do usucapião.


  8. Meu bar/meu mar... É permitido nadar no seco.


  9. Andem sempre com o endereço e os seus nomes completos pendurados na correntinha do pescoço.


  10. No país da impunidade, a saideira é como a lei, existe para ser desobedecida. Seu garçom faça o favor! Mais uma!

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